Comprar um imóvel com renda baixa pode parecer algo muito distante para quem ganha pouco. Mas a verdade é que, com planejamento, paciência e as informações certas, é possível sim realizar esse sonho, mesmo com uma renda baixa.
Neste artigo, você vai aprender tudo que precisa saber para dar o primeiro passo com segurança, sem se enrolar com dívidas ou cair em ciladas.
Vamos explicar tudo de forma simples, como se estivéssemos conversando com um amigo. Afinal, entender bem esse processo é o primeiro passo para conquistar sua casa própria.
Por que é difícil comprar um imóvel com renda baixa?
Quem tem renda baixa normalmente enfrenta alguns obstáculos na hora de comprar um imóvel:
Os bancos acham que o risco de inadimplência é maior;
O valor que a pessoa pode financiar é limitado;
A entrada exigida costuma ser alta demais;
As parcelas não podem ultrapassar 30% da renda;
Falta de informações claras e confiáveis sobre programas de ajuda.
Mas nada disso é motivo para desistir. Hoje em dia, existem muitas opções e estratégias para facilitar a compra da casa própria, mesmo com uma renda menor.
Entenda o que é considerado renda baixa
No Brasil, o conceito de “renda baixa” varia de acordo com o contexto e a região. Para fins de financiamento habitacional e programas sociais, geralmente considera-se:
Renda baixa: até 3 salários mínimos (aproximadamente R$ 4.200 em 2025);
Renda moderada: entre 3 e 5 salários mínimos (até R$ 7.000);
Renda média: até 10 salários mínimos (R$ 14.000).
Se você está dentro desse primeiro grupo, saiba que há políticas públicas específicas para ajudar famílias como a sua a sair do aluguel.
Conheça os programas do governo
Se você tem renda baixa, o governo pode ser o seu maior aliado. Veja os principais programas:
Minha casa, minha vida
Esse é o programa habitacional mais conhecido do Brasil. Ele foi criado para ajudar famílias com renda de até R$ 8.000, com prioridade para quem ganha até R$ 2.640.
Vantagens:
Entrada pequena ou até isenção em alguns casos;
Juros reduzidos;
Parcelas que cabem no bolso;
Subsídio (dinheiro que o governo dá e você não precisa devolver).
Para se inscrever, é preciso:
Ter renda comprovada;
Não ter imóvel no nome;
Não ter sido beneficiado por outro programa habitacional;
Ter cadastro no CadÚnico (para famílias com renda de até R$ 2.640).
Casa verde e amarela
Esse programa substituiu o Minha Casa, Minha Vida por um tempo e depois foi reformulado. Hoje, ele complementa o Minha Casa, Minha Vida em alguns estados, com foco em reforma, regularização fundiária e acesso à moradia digna.
Auxílios regionais
Alguns estados e cidades têm programas próprios para ajudar famílias de baixa renda, com condições especiais de financiamento, isenção de taxas, sorteios de imóveis populares, entre outros benefícios.
Informe-se na sua prefeitura ou na Caixa Econômica Federal da sua cidade.
Como aumentar suas chances de financiamento
Mesmo com pouca renda, dá para melhorar suas chances de conseguir um financiamento. Veja como:
1. Mantenha seu nome limpo
Ter o nome sujo no SPC ou Serasa é uma das principais barreiras. Limpe seu nome antes de tentar qualquer financiamento.
2. Tenha uma renda comprovada
Mesmo que você seja autônomo, é possível comprovar renda. Use:
Recibos;
Extratos bancários;
Declaração do Imposto de Renda;
Aplicativos como o MEI.
3. Junte mais gente na proposta
Você pode financiar um imóvel com outra pessoa. Isso aumenta a renda total e melhora suas condições.
Pode ser:
Cônjuge;
Parente próximo;
Amigo de confiança.
4. Poupe para dar uma boa entrada
O valor da entrada influencia diretamente nas parcelas. Quanto mais você conseguir pagar de entrada, melhor serão as condições do financiamento.
Dica: tente guardar pelo menos 20% do valor do imóvel como entrada.
5. Use seu FGTS
Se você trabalha com carteira assinada, pode usar o FGTS para:
Dar entrada;
Diminuir parcelas;
Quitar o financiamento.
Você precisa:
Ter, no mínimo, 3 anos de trabalho com carteira assinada;
Não possuir outro imóvel residencial no seu nome;
Trabalhar ou morar na mesma cidade do imóvel.
Qual tipo de imóvel escolher
Para quem tem renda baixa, é importante escolher bem o tipo de imóvel. Nem sempre o maior ou mais bonito é o melhor para começar.
Comece pequeno
Pense no essencial: 1 ou 2 quartos, localização segura e boa estrutura. O ideal é ter um imóvel que atenda às suas necessidades, mas que não comprometa todo o seu orçamento.
Prefira imóveis novos e populares
Imóveis novos, feitos por construtoras que trabalham com programas do governo, costumam ter preços mais acessíveis e documentação facilitada.
Observe a localização
Imóveis em áreas mais afastadas são mais baratos, mas avalie:
Segurança;
Transporte público;
Acesso a escolas, mercados e hospitais;
Valorização futura da região.
Simule antes de comprar
Antes de dar qualquer passo, simule seu financiamento em sites como o da Caixa, Banco do Brasil ou bancos privados. Isso ajuda a entender:
Qual valor você pode financiar;
Quanto precisa dar de entrada;
Qual será o valor das parcelas;
Por quantos anos você pagará.
Evite assumir um financiamento que comprometa mais de 30% da sua renda. Isso evita dívidas e apertos no futuro.
Alternativas ao financiamento tradicional
Nem todo mundo consegue financiar pela Caixa ou pelos grandes bancos. Veja outras possibilidades:
Consórcio imobiliário
Você entra em um grupo de pessoas e paga uma mensalidade. Todo mês, alguém é sorteado e recebe a carta de crédito para comprar o imóvel.
Vantagens:
Não tem juros (apenas taxa administrativa);
Pode usar o FGTS;
Boa opção para quem não tem pressa.
Cooperativas habitacionais
São associações de pessoas com o mesmo objetivo: conquistar a casa própria. Você paga mensalidades e, em alguns anos, recebe o imóvel.
Atenção: só entre em cooperativas sérias, com CNPJ e histórico positivo.
Compra direta com o proprietário
Alguns donos de imóveis aceitam parcelamento direto, sem passar por bancos. Negocie bem, registre o contrato em cartório e consulte um advogado.
Como organizar seu orçamento
Se sua renda é baixa, cada centavo conta. Antes de qualquer coisa, organize suas finanças:
Liste tudo o que você ganha e gasta por mês;
Corte gastos desnecessários;
Crie um plano de economia mensal;
Guarde todo valor extra que receber (13º, férias, bicos).
Com disciplina, você pode juntar uma boa entrada e ainda se preparar para as parcelas futuras.
Evite os principais erros
Veja os erros mais comuns de quem tenta comprar imóvel com renda baixa:
Assumir parcelas que não cabem no orçamento;
Comprar por impulso, sem pesquisar;
Não ler o contrato com atenção;
Negociar com empresas ou pessoas sem referências;
Esquecer de calcular os custos extras (cartório, ITBI, mudança, reforma).
Conte com a ajuda de quem entende
Você não precisa fazer tudo sozinho. Contar com a orientação de uma imobiliária experiente faz toda a diferença.
Imobiliárias sérias ajudam você a:
Encontrar imóveis compatíveis com sua renda;
Organizar a documentação;
Evite solavancos;
Agilizar o financiamento.
Conclusão: é possível comprar seu imóvel mesmo com renda baixa
Pode parecer difícil, mas comprar um imóvel com renda baixa é uma meta possível. Tudo depende de planejamento, informação correta e boas escolhas.
Você não precisa se endividar, nem abrir mão de tudo para realizar esse sonho. Com as dicas deste artigo, você já está alguns passos à frente.
E se você está em Montes Claros/MG e quer dar esse passo com segurança, a Globank Imóveis é uma referência na cidade. Com atendimento humano, foco em quem mais precisa e experiência no mercado, eles podem te ajudar a encontrar o imóvel certo, com o melhor financiamento possível.
Não desista do seu sonho. Com paciência e apoio certo, ele pode se tornar realidade mais rápido do que você imagina.
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