Comprar uma casa ou apartamento é o sonho de muita gente. Mas nem sempre temos o dinheiro todo guardado para fazer esse pagamento à vista. E é aí que entra o financiamento de imóveis.
Neste artigo, você vai entender de forma simples, clara e fácil como funciona o financiamento imobiliário, como ele pode te ajudar e o que você precisa fazer para conseguir um.
Mesmo que você nunca tenha ouvido falar nisso antes, fica tranquilo: até uma criança de 10 anos vai conseguir entender!
O que é financiamento de imóveis?
O financiamento de imóveis é uma forma de comprar uma casa ou apartamento mesmo sem ter todo o dinheiro na hora.
Funciona assim: um banco ou instituição financeira empresta o valor necessário para você comprar o imóvel. Depois, você paga esse valor de volta ao banco em parcelas mensais, durante um período que pode variar de alguns anos até décadas.
É como se você comprasse o imóvel agora, mas fosse pagando aos poucos. Enquanto isso, você já pode morar na casa ou até alugá-la para outras pessoas.
Como funciona na prática?
Vamos imaginar que o imóvel que você quer custa R$ 200.000,00. Você tem R$ 40.000,00 guardados, então dá esse valor de entrada. O restante, R$ 160.000,00, o banco empresta para você.
A partir daí, vocês fazem um contrato dizendo que você vai pagar esse valor ao banco com juros, em, por exemplo, 30 anos. Isso dá 360 meses de pagamento.
Todos os meses, você paga uma parcela que inclui uma parte do valor emprestado e uma parte dos juros.
Quais são os tipos de financiamento de imóveis?
Existem vários tipos de financiamento de imóveis, e cada um tem suas regras. Os principais são:
Sistema financeiro de habitação (SFH)
É o mais comum e usado no Brasil. Nesse modelo, o imóvel precisa ter um valor máximo determinado pelo governo, e a taxa de juros é controlada. Pode-se usar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para dar entrada ou abater parcelas.
Sistema de financiamento imobiliário (SFI)
Indicado para imóveis mais caros, acima do valor limite do SFH. As regras são mais flexíveis, mas os juros costumam ser um pouco maiores.
Programas habitacionais
Existem também programas do governo, como o antigo Minha Casa Minha Vida (atualmente chamado de Casa Verde e Amarela), que facilitam o financiamento para famílias de baixa renda, com subsídios e juros mais baixos.
O que é preciso para financiar um imóvel?
Para fazer um financiamento, você precisa atender a alguns requisitos:
Ter mais de 18 anos
Ter renda comprovada
Não estar com o nome sujo (SPC/Serasa)
Ter um valor para dar de entrada
Ter o CPF regularizado
Apresentar documentos pessoais e comprovantes de renda e residência
Além disso, o imóvel precisa estar com a documentação em dia e dentro dos critérios do banco.
Quais documentos são necessários?
Os principais documentos pedidos pelos bancos são:
RG e CPF
Comprovante de residência
Comprovante de renda (holerite, imposto de renda ou extrato bancário)
Carteira de trabalho (em alguns casos)
Certidão de nascimento ou casamento
Documento do imóvel
Esses documentos são usados para o banco avaliar se você pode ou não assumir aquele financiamento.
Como o banco analisa o seu perfil?
Antes de aprovar o financiamento, o banco faz uma análise de crédito. Ele verifica se você tem dívidas, como é seu histórico de pagamento, se tem renda suficiente e se o imóvel escolhido está com tudo certo.
Normalmente, os bancos só aceitam comprometer até 30% da sua renda mensal com a parcela do financiamento. Ou seja, se você ganha R$ 3.000 por mês, sua parcela não pode ultrapassar R$ 900.
Como é feito o cálculo das parcelas?
O valor das parcelas varia conforme o tipo de financiamento, a taxa de juros, o tempo para pagar e o valor da entrada. Existem dois sistemas principais para o cálculo:
Tabela price
Nessa tabela, as parcelas são fixas (ou quase) ao longo dos meses. No começo, você paga mais juros e menos do valor emprestado. Com o tempo, os juros diminuem e você passa a pagar mais do valor real do imóvel.
Sistema SAC (sistema de amortização constante)
Nesse modelo, você paga uma parcela maior no início, mas ela vai diminuindo com o tempo. A vantagem é que, no final, você paga menos juros do que na tabela price.
Posso usar o FGTS para financiar?
Sim! Se você tiver saldo no FGTS e estiver dentro das regras do governo, pode usar esse valor para:
Dar entrada no imóvel
Amortizar (diminuir) o saldo devedor
Abater o valor das parcelas
Mas atenção: o imóvel precisa ser residencial, estar localizado na mesma cidade onde você mora ou trabalha, e você não pode ser dono de outro imóvel na mesma região.
Quanto tempo dura um financiamento?
Depende do banco e da sua escolha. A maioria dos financiamentos no Brasil dura entre 20 e 35 anos. Quanto mais tempo você leva para pagar, menores são as parcelas, mas maiores são os juros que você vai pagar no total.
Por isso, vale a pena simular e ver o que fica melhor para o seu bolso.
O que acontece se eu não pagar?
Se você atrasar uma ou duas parcelas, o banco pode cobrar multa, juros e inserir seu nome nos órgãos de proteção ao crédito. Mas se você deixar de pagar por vários meses, o banco pode tomar o imóvel de volta por meio de um processo chamado alienação fiduciária.
É importante manter os pagamentos em dia e conversar com o banco se tiver algum problema financeiro.
Posso vender um imóvel financiado?
Pode sim! Mas existem algumas condições. Você pode vender o imóvel e transferir a dívida para o novo comprador, desde que o banco aprove. Ou então, vender o imóvel e quitar o restante da dívida com o valor da venda.
Também é possível quitar o imóvel antes do prazo, economizando nos juros.
Vantagens do financiamento
Realização do sonho da casa própria
Possibilidade de pagar aos poucos
Uso do FGTS
Programas habitacionais com condições especiais
Segurança jurídica com contratos formalizados
Desvantagens do financiamento
Juros que aumentam o valor final do imóvel
Comprometimento de parte da renda por muitos anos
Perda do imóvel em caso de inadimplência
Burocracia na aprovação e análise
Dicas para fazer um bom financiamento
Pesquise bem os bancos e taxas
Dê a maior entrada possível para reduzir os juros
Verifique se o imóvel está regularizado
Use o FGTS com sabedoria
Evite parcelas muito altas que comprometam seu orçamento
Simule em vários sites antes de fechar contrato
Como simular um financiamento?
A maioria dos bancos oferece simuladores online. Basta preencher dados como valor do imóvel, valor da entrada, prazo para pagar e sua renda mensal. O sistema mostra quanto você pagaria por mês, os juros e outras informações.
É uma forma simples e prática de saber se o financiamento cabe no seu bolso antes de ir até o banco.
O que é CET (custo efetivo total)?
Além dos juros, existem outras taxas e custos no financiamento, como:
Taxa de abertura de crédito
Seguro obrigatório
Taxas administrativas
O CET é a soma de todos esses custos e mostra o valor real que você vai pagar. Por isso, compare o CET entre diferentes bancos, e não apenas os juros.
Financiamento direto com a construtora
Algumas construtoras oferecem financiamento direto, sem passar por banco. Pode ser uma boa opção, principalmente para imóveis na planta. Mas atenção: leia bem o contrato e verifique as condições, pois às vezes os juros são mais altos.
Financiamento de imóvel usado
Financiar imóveis usados é possível e funciona quase da mesma forma que imóveis novos. A diferença é que o imóvel precisa passar por uma vistoria para o banco garantir que está tudo certo com a estrutura e documentação.
A importância de uma imobiliária de confiança
Fazer um financiamento envolve muitos detalhes, documentos e cuidados. Por isso, contar com a ajuda de uma imobiliária de confiança é essencial. Um bom corretor pode te orientar, ajudar na escolha do imóvel, no processo com o banco e garantir que tudo seja feito com segurança.
Conclusão
Agora que você entendeu como funciona o financiamento de imóveis, fica mais fácil planejar a compra da sua casa própria de forma segura e consciente. Lembre-se de pesquisar bem, usar ferramentas como simuladores e contar com o apoio de profissionais experientes.
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